Por Agência de Minas
Governador participa de cerimonia de posse do novo conselho deliberativo da Associação Mineira da Indústria Florestal.
O governador Romeu Zema participou, nesta segunda-feira (28/3), da cerimônia de posse da nova gestão do Conselho Deliberativo da Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif), realizada no Museu das Minas e Energia, em Belo Horizonte. O conselho é formado por líderes de empresas associadas à Amif, e que representam os múltiplos segmentos do setor.
O chefe do Executivo estadual participou da abertura da cerimônia e elogiou o trabalho do setor. “O reflorestamento é uma área estratégica e importantíssima. No ano passado estive na COP 26, onde ficou claríssimo que o estado, a nação ou empresa que não tiver a produção alicerçada na sustentabilidade, com certeza vai enfrentar muitos obstáculos. Em Minas, temos feito todo o possível para fazer parte desta transição saindo da economia de carbono para uma economia de emissão zero até 2050. Já iniciamos uma série de trabalhos dentro do Estado e alguns setores, como reflorestamento, são de fundamental importância para isto”, disse.
O conselho passa a ser presidido pelo diretor de operações da Aperam BioEnergia, Edimar de Melo Cardoso, que juntamente aos outros 12 conselheiros forma a gestão 2022-2026.
“Nosso setor está em constante evolução e aprimoramento. O trabalho de entidades setoriais como a Amif é de extrema importância para integrar os múltiplos esforços dos atores que, mesmo com diferentes visões de negócio, convergem e compartilham o mesmo propósito de produzir, de forma cada vez mais eficiente e sustentável”, disse o novo presidente do Conselho.
Indústria florestal em Minas
De acordo com dados do Sistema Nacional de Informações Florestais (Snif), Minas Gerais ocupa a primeira posição no ranking de florestas plantadas do Brasil com 2,3 milhões de hectares cultivados. A liderança dos plantios mineiros representa 24% de toda a base florestal do país e consolida o estado também entre as lideranças mundiais na produção e consumo de carvão vegetal.
A madeira produzida pela indústria florestal viabiliza produtos essenciais para a sociedade que estão presentes na vida de todos os brasileiros, tais como: o papel e celulose, painéis, chapas, pisos laminados, madeira serrada, madeira tratada e carvão vegetal. A diversidade no uso da madeira envolve a produção de mais de 5 mil bioprodutos nos segmentos de alimentação, medicamentos, eletrônicos, cosméticos, biocombustíveis, tecidos etc.
A indústria florestal brasileira também contribui para a qualidade do ar que respiramos. São mais de 4,5 bilhões de toneladas de carbono equivalente removidos da atmosfera, um volume três vezes superior às emissões de toda a indústria brasileira em um ano.
Preservação ambiental
De 2019 ao primeiro bimestre de 2022, Minas Gerais conservou ou restaurou cerca de 17,3 mil hectares, dentre a criação de Unidades de Conservação (RPPNs), a destinação de áreas para conservação e para a restauração de ecossistemas.
Neste mesmo período, foram produzidas mais de 1,3 milhão de mudas de espécies nativas com a finalidade de executar a política de fomento florestal e do Programa de Regularização Ambiental do Instituto Estadual de Florestas (IEF).
O Governo de Minas investe também no Bolsa Verde, um dos maiores programas de pagamento por serviços ambientais implementado no Brasil e que representa um reconhecimento do Estado ao relevante papel desempenhado pelos proprietários e posseiros rurais na prestação de serviços ambientais.
O programa é executado pelo IEF e conta com mais de 90 mil hectares de vegetação nativa conservada cadastrada em todo o estado, sendo que, desde 2019, foram pagos mais de R$ 27 milhões a 1.315 beneficiários cadastrados no Bolsa Verde pela conservação das áreas de vegetação nativa em seus imóveis rurais.