Presidente da AMIF participa do 2° Congresso de Direito Ambiental da OAB de Minas Gerais

A presidente da AMIF, Adriana Maugeri, participou do 2º Congresso de Direito Ambiental da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Minas Gerais. A fala da presidente ocorreu na manhã dessa sexta-feira (24) e abordou aspectos como mudanças climáticas e incêndios florestais. Durante sua participação, Adriana destacou o protagonismo ocupado pelo setor florestal de Minas Gerais na economia do estado, além da capacidade de descarbonização em escala que o setor proporciona. “Minas Gerais está caminhando para se tornar referência nacional e mundial em desenvolvimento econômico via economia verde e circular. Afinal, somos o estado com a maior floresta cultivado do Brasil. Porém, para isso, precisamos refletir se a estrutura estatal e a legislação favorecem a descarbonização”, enfatizou. O 2º Congresso de Direito Ambiental da OAB-MG foi realizado por iniciativa da Comissão de Direito Ambiental, nos dias 23 e 24 de maio de 2024, no auditório da Escola Superior Dom Helder Câmara, em Belo Horizonte. O intuito do evento foi promover um amplo debate sobre temas importantes para o Direito Ambiental, mudanças climáticas e obrigações ambientais. A AMIF foi uma das patrocinadoras do evento. Esta notícia é de uso livre e irrestrito desde que seja creditada a autoria à equipe da Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF).

Nutrição do solo / Euroforte – Galeria de fotos

Créditos: AMIF Na tarde do dia 25 de abril, a patrocinadora Euroforte, em parceria com a AMIF, realizou em Belo Horizonte um evento exclusivo voltado para a nutrição de florestas. O evento reuniu os Coordenadores Florestais e de Silvicutura das empresas associadas e proporcionou um momento de qualificação profissional e networking qualificado. A presidente da AMIF, Adriana Maugeri, participou do evento e falou sobre manejo florestal climático. A abordagem vem sendo utilizada por Maugeri para integrar, otimizar, ressignificar, impulsionar e qualificar as etapas usuais de produção florestal. O engenheiro agrônomo da RR Florestal, Ronaldo Luiz Vaz, conduziu uma palestra sobre os micronutrientes nas florestas de eucalipto. Vaz direcionou sua fala para aspectos como sanidade e produtividade de alto rendimento. Por sua vez, o professor da UFMS, Alexandre Beutling, conduziu uma discussão sobre tecnologias retardantes para o combate a incêndios florestais. Após as palestras, o público participou de um happy hour para interação e troca de ideias. ✅ Objetivo estratégico cumprido com este evento: incentivar a profissionalização da agroindústria florestal mineira.

Galeria de fotos – Circule Um Livro 2024

A Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF) e o Metrô de Belo Horizonte realizaram a segunda edição do projeto Circule Um Livro na capital mineira. A ação ocorreu entre os dias 22 e 26 de abril (de segunda a sexta-feira) em quatro estações do metrô: Central Supermercados BH, São Gabriel, Minas Shopping e Santa Tereza. O objetivo do projeto, mais uma vez, foi democratizar e incentivar a leitura, além de mostrar a sustentabilidade do papel como matéria-prima na impressão de livros. Confira as fotos oficiais. Créditos: Matheus Marotta/Divulgação AMIF

Exclusão da silvicultura como atividade potencialmente poluidora é aprovada na CCJC da Câmara dos Deputados e avança para Plenária

Na tarde de ontem (9), foi aprovado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei (PL) 1366/22 que autoriza a exclusão da atividade de silvicultura do rol de atividades potencialmente poluidoras. O PL já havia sido aprovado na Comissão de Meio Ambiente da Câmara. Após a aprovação na CCJC, o Projeto está pronto para ser encaminhado ao Plenário da Câmara dos Deputados para votação definitiva. Com a atual classificação, definida na década de 1980, o plantio e manejo de florestas é considerada uma atividade com médio potencial poluidor, característica que não apresenta a realidade massiva da produção de florestas no Brasil. A agroindústria florestal brasileira é, sem dúvida, a atividade econômica que mais conserva e conecta matas nativas em escala em todos os biomas. Com a exclusão desta classificação desatualizada, mais produtores rurais poderão investir nesta atividade de forma legal, ampliando os benefícios socioambientais dessa grande cadeia de valor. Após a aprovação do PL em plenário, o Estado Brasileiro conseguirá atender em menor prazo suas metas importantes de descarbonização da economia e transição energética, conforme anunciou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, no último dia 21 de março, no lançamento do Plano Nacional de Florestas Plantadas. “A desburocratização do setor florestal tem sido pauta prioritária da atuação da AMIF que, por meio da articulação institucional e governamental, está desenhando um cenário mais promissor para a produção econômica e também para a conservação de florestas em Minas Gerais e no Brasil”, conclui a presidente da AMIF, Adriana Maugeri. Esta notícia é de uso livre e irrestrito desde que seja creditada a autoria à equipe da Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF).

AMIF participa de reunião com Comissão Europeia para destacar compliance da plataforma Selo Verde

O objetivo da reunião foi apresentar a Plataforma Selo Verde MG como ferramenta de demonstração de compliance de produtos agrícolas livres de desmatamento. Para comercialização com países da União Europeia, o bloco exige a comprovação de compliance ambiental por meio do Regulamento da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR, na sigla em inglês). Produtos feitos com madeira estão listado no EUDR. A Presidente da AMIF, Adriana Maugeri, participou de uma reunião com autoridades do Governo de Minas Gerais, instituições parceiras e representantes da direção-geral de Parcerias Internacionais da Comissão Europeia e do Programa Al-Invest Verde. De acordo com Adriana Maugeri, a reunião representou um primeiro passo positivo para alinhamento entre o agro mineiro, as instituições governamentais e os membros da Comissão Europeia. “Os representantes da comunidade europeia ficaram muito impressionados com o Selo Verde. A intenção é que, realmente, a gente se aprofunde mais na plataforma para que ela seja uma ferramenta aceita pela União Europeia na declaração de compliance das culturas agrícolas mineiras”, destaca. Novas regrasAs novas regras para a importação do bloco foram apresentadas em 2019 e as empresas e países fornecedores têm prazo até dezembro de 2024 para se adequarem, antes do início da cobrança da documentação atestando que o produto não tem origem em áreas desmatadas.  Organizada pelo Governo de Minas, por meio das secretarias de Estado de Agricultura, Casa Civil e Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a agenda de trabalho foi construída para demonstrar aos parceiros europeus como o estado está preparado para atender às exigências do novo regulamento da União Europeia. Representantes do setor produtivo e secretarias de Agricultura de outros estados também participaram da reunião.  O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, destacou a importância do “nada consta” para desmatamento, garantido pela plataforma. “Mostramos a sustentabilidade do agro de Minas e do país. A Plataforma Selo Verde MG está disponível no site do Instituto Estadual de Florestas (IEF), e o próprio produtor pode conferir as informações sobre a sua propriedade, por meio do Cadastro Ambiental Rural (CAR)”, apontou. Da esquerda para a direita: a Presidente da AMIF, Adriana Maugeri, o Secretário de Agricultura de MG, Thales Fernandes, a representante da Diretoria Geral de Parcerias Internacionais da Comissão da União Europeia, Ingrid Jenezova, e o Gerente Sênior de Programas da Al-Invest Verde, Andrea Monaco. Produção sustentável A plataforma Selo Verde MG é fruto dos esforços conjuntos da Secretaria de Agricultura, do IEF e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e contou com o apoio do programa Al-Invest Verde da União Europeia.  “Nossa atuação é para o fortalecimento de políticas públicas na América Latina, que promovem produção sustentável, especialmente das cadeias produtivas comercializadas com a UE. O Brasil tem uma legislação muito avançada e avaliamos que uma plataforma como o Selo Verde pode prover toda a informação necessária para atender aos requisitos da UE”, afirmou o Gerente Sênior de Programas da Al-Invest Verde, Andrea Monaco.   Resultados  A ferramenta comprovou que 99% das propriedades mineiras de café são categorizadas como áreas livres de desmatamento desde 2008, a data-base estipulada pelo Código Florestal.  O secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Aro, ressaltou a importância do café para o estado.   “Quando abrimos o mercado brasileiro para o resto do mundo no século XIX, a Europa teve um papel fundamental ao exigir dos empresários brasileiros produtos livres de mão de obra escrava. E mais uma vez, Minas Gerais e países europeus vivem um momento histórico com a preocupação com o meio ambiente, com a diminuição do desmatamento de áreas produtivas. Estamos colocando na mesa uma sugestão com o Selo Verde, mostrando o compromisso e cuidado do estado com o meio ambiente”, destacou o secretário-chefe. O estudo também comprovou que 95% das fazendas de soja e 93% das propriedades com florestas plantadas, principalmente de eucalipto, estão livres de desmatamento, com respeito às matas nativas e colocando o estado como vitrine da sustentabilidade da sua produção para o mundo. Combate ao desmatamento O secretário adjunto de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Leonardo Rodrigues, ressaltou que, para além de todas as funcionalidades, o Selo Verde MG tem como principal função o combate ao desmatamento.  “É uma plataforma que vem se expandindo, que demonstra a origem dos produtos e também nos permite um controle maior sobre o desmatamento, que é um problema que gera danos mundiais. As mudanças climáticas estão diretamente relacionadas a isso”, destacou. O diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas, Breno Lasmar, destacou a importância da Plataforma Selo Verde MG para atuação do Governo de Minas na gestão da biodiversidade.  “Temos essa responsabilidade junto com a UFMG em fazer com que os dados sejam rastreáveis, confiáveis e com isso a gente garanta uma atuação clara de todo o Governo para demonstrar seriedade sobre o assunto. Por meio disso, podemos garantir para o setor produtivo e para todo o mercado que os dados possuem um lastro significativo de informações, que vão fazer com que a gente consiga demonstrar a seriedade e segurança desse trabalho”, pontuou. Visitas A comitiva conheceu os projetos de sustentabilidade em algumas propriedades cafeeiras no Sul de Minas. No município de Carmo da Cachoeira, a Fazenda Lagoinha, com 200 hectares de café, tem o selo do Certifica Minas, programa de certificação do Governo do Estado.  Há cinco anos na cafeicultura, a produtora Tatiana Reis investe em várias tecnologias sustentáveis.  “Temos 25% de corredores naturais para a locomoção de animais silvestres dentro da fazenda e energia limpa. A gente tem essa responsabilidade de cuidar de todo o sistema, não simplesmente cumprir leis”, afirmou. O produtor Maurício Araújo Ribeiro apresentou as tecnologias usadas na produção sustentável da Fazenda São Gabriel, no município de Santana da Vargem, que também tem a certificação do Governo de Minas. Ele destacou a importância do Plataforma Selo Verde MG.   “É mais uma ferramenta pra ajudar a comprovar para todo o mundo o trabalho diferenciado e de produção sustentável que a gente desenvolve há um bom tempo. É preciso aumentar as parcerias para que todos possam estar dentro da

Manejo florestal climático: a principal vantagem do setor florestal

Por Adriana Maugeri para Revista Opiniões Estamos testemunhando um momento dramático da humanidade e, ao mesmo tempo, parece que muitos ainda não despertaram para a criticidade. Os efeitos das mudanças climáticas são, inegavelmente, sentidos por todos, independentemente da concordância com a origem, motivos e agente causadores. Há quem afirme que é um processo natural planetário, que se repete em ciclos, outros que apontam o aquecimento solar e a amplitude de suas tempestades, outros tantos que é uma alteração provocada pelos hábitos, consumos e ações humanas. Entretanto, há um elo que aproxima as diversas crenças sobre as alterações climáticas: a grande intensidade e velocidade que ocorrem é uma ameaça fática à sobrevivência da vida terrestre. Os pesquisadores e cientistas do IPCC – Intergovernmental Panel on Climate Change —, em português, Painel intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, organização criada no âmbito das Nações Unidas que congrega pesquisadores e cientistas de vários países para monitorar e buscar consenso sobre as mudanças climáticas, recomenda ser necessário reduzir 45% das emissões de gases de efeito estufa até 2030, para evitarmos a elevação da temperatura do planeta acima de 1,5 graus Celsius. Para amenizar esse ritmo surpreendente é também inegável que os comportamentos, processos, decisões e hábitos da humanidade precisam se adaptar e podem exercer uma significativa influência na mitigação, redução e adaptação às alterações sentidas e mapeadas. Aprendemos nos primeiros anos de ensino fundamental que aqui muito sinteticamente, os vegetais são sumidouros de carbono, fazem a sua absorção de carbono, convertem em energia necessária a sua sobrevivência, fixam-se em sua massa e no solo e liberam oxigênio como resultante. Dessa forma simples, e diante desse contexto alarmante, vemos que as florestas cultivadas e as conservadas são fundamentais para reduzir a intensidade de carbono na atmosfera terrestre. É, aqui, exatamente nesse ponto, que começa (ou continua) a crescente relevância que o plantio de árvores tem tomado, e nesse cenário, o destaque que o Brasil possui por seus distintos números nessa atividade socioambiental, como créditos de carbono, debêntures verdes, entre outros, as empresas que já inseriram o que chamo de governança do carbono em sua estratégia já percebem que o atual manejo das florestas precisa mudar para viabilizar os benefícios. Não basta plantar florestas como aprendemos décadas atrás. O como plantar, manejar, colher, utilizar e aproveitar o que a natureza nos ensina faz a diferença fática na aliança entre a remoção e a fixação de carbono pelas florestas e a produtividade e multiplicidade dos usos da madeira. O manejo florestal climático a que me refiro alia, objetivamente, o consórcio e a simbiose entre árvores cultivadas com as árvores conservadas, prática a regeneração, o restauro e o reflorestamento em sinergia, entende e explora, positivamente, a microbiologia do solo voltada para a produção e à melhor fixação de carbono no solo e na árvore, planeja os ciclos de plantios e colheitas para manter o balanço positivo de emissões, atua de forma inteligente com outras culturas agrícolas e não admite resíduos em seus processos que não possam ser reaproveitados, recuperados e, até mesmo, comercializados como novo negócio (aliás, bem lucrativo). As mudanças na gestão florestal são prementes e exigem um novo perfil profissional que amplie a visão das possibilidades do alcance de nossa dinâmica agroindústria. O investimento, não somente financeiro, mas de aprendizado, trocas de experiências, inovação, pesquisa, parcerias, especialmente nas ciências que remetem à reaproximação com que a sábia natureza já prática, em alinhamento com as novas ferramentas que impulsionam nossa velocidade e alcance, como inteligência artificial, a internet das coisas, as neurociências do comportamento e a resposta humana, já colocam em vantagem quem vai se destacar em soluções para os problemas atuais. Mas não será mais a valorosa e perseguida vantagem tão somente econômica e política, como assistimos até aqui. Serão distintos e valorizados aqueles que, também, trouxerem vantagens à nossa qualidade de vida e bem-estar ambiental. A agroindústria florestal possui um diferencial bastante peculiar na governança climática global. Ao ofertarmos a expansão dos plantios comerciais aliados à conservação, praticamente em proporções idênticas, proveniente do manejo florestal climático, somos, talvez, um dos poucos agentes que pode neutralizar significativa parcela das emissões globais de gases de efeito estufa. Entretanto, é urgente a mudança de pensamento e orientação daqueles que ainda não entenderam que para se aproveitar dessa vantagem competitiva já é hora de erguer as mangas e trabalhar, incansavelmente, como time multidisciplinar em busca de novas formas de se produzir e disponibilizar madeira (com muito carbono estocado) para uma crescente indústria de bioprodutos. Nesse processo de despertar, é crucial sair do discurso vitimista, pessimista e polêmico. Ainda vejo muitos profissionais, e até empresas em massa, tão somente se lamentando o porquê de nosso setor não ter tanto “prestígio” social e político, como é merecedor, por que nossa produtividade está caindo, por que o partido A ou B chegou ao poder, enquanto nossos negócios esperam por atitude.Não que discorde de que são muitos os problemas e dificuldades enfrentados, mas somente o lamento não fará a menor diferença. Sinto falta e viso despertar em minhas atuações por mais atitudes, promoção de parcerias, desenvolvimento real da silvicultura do novo século. O mercado caminha para consolidações e agrupamentos de forças para sobrevivência, mas aqueles que encontrarem a chave da virada e entregarem, de forma diferenciada e holística, os resultados que hoje estamos acostumados, serão mais admiráveis e, certamente, mais rentáveis respirando um ar muito mais adequado, inclusive. Esse artigo de opinião é de uso livre e irrestrito desde que seja creditada a autoria à equipe da Associação Mineira da Indústria Florestal (AMIF).

China impacta silvicultura de MG

Mercado tem dois pilares importantes: produção de papel
celulose e produção de carvão vegetal para siderurgia e
demais setores